Hoje no meu passeio matinal, perguntava-me a mim própria porque
é que há dias em que nos sentimos tão fora de tudo aquilo que nos rodeia. O pensamento
foi-se desenrolando ao longo da caminhada e detive-me em frente de várias
coisas que me pareceram, tal como eu, desenquadradas. Registei. A que me
pareceu mais parecida comigo foi o que fotografei e que publiquei em cima. Uma
pena branca e frágil no meio do betão duro do paredão já desgastado e corroído pelas
ondas do mar. Fez-me lembrar a minha fragilidade emocional de hoje contra um
mundo enorme de pedra sem nada que nos agarre e sem nos poder agarrar a nada.
Isto é o que enfrentamos no nosso dia-a-dia, sempre dependentes de tudo o que nos
queiram dar e de tudo o que gostamos de receber.
Este tema, pareceu-me um mundo de tanto que o sinto. Tanto
para dizer, tanto para perceber!
"A ordem é o prazer da razão: mas a desordem é a delícia da imaginação."
(Paul Claudel)
Muito bem dito...percebo-te tão bem. Mas às vezes nem é a nossa fragilidade que mais me assusta, é a diferença, esse desenquadramento de que falas.
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