quinta-feira, 25 de novembro de 2010

25.11.10 Qual menina pequenina!

Edifício da Caixa Geral de Depósitos

À pois é! Senti-me uma menina pequenina de vestidinho de Smokes e laçarote armado, mãos atrás das costas todas entrelaçadas, rosto ligeiramente descaído para o lado, olhos no chão, bochechas coradas e sem fala de tanta vergonha.
É em pequeninas coisas como a que aconteceu hoje que vejo que sou envergonhada.
Ter vergonha não é vergonha mas às vezes, e com a minha idade, torna-se embaraçoso.
E é aqui que a porca torce o rabo, é que fico sempre com a sensação que a minha vergonha pode rapidamente ser interpretada como falta de educação ou altivez.
Se as pessoas tivessem dentro de mim, saberiam que não se trata nem de altivez nem de falta de educação mas sim de uma grande vontade de querer ser simpática e amável, sem saber como.

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo...”
(Álvaro de Campos)

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