domingo, 10 de outubro de 2010

10.10.10 Maravilha!



(Disco de Vinil)


Finalmente e ao fim de não sei quantos mil anos, decidi-me a tirar um Workshop de fotografia, sozinha ou acompanhada, com ou sem consentimentos.
As expectativas eram tão grandes que cheguei a ter medo do que iria encontrar.
Deixei-me levar desde o primeiro momento, não tinha nada a perder. Aprender não ocupa espaço, conhecer pessoas novas muito menos e se fosse assim muito mau paciência, outros se seguiriam.
Entrei na sala de coração aberto. Há meses que não o fazia, já sentia uma certa falta de ser eu, de me sentir eu, de querer ser eu. Estava feliz, feliz de verdade. Foi também um grande passo, apesar de ser só eu a reconhecê-lo.
Depois de estar muito atenta, de tomar as minhas notas, de reler algumas passagens do manual, de sonhar toda a noite com aberturas, diafragmas, congelamentos, pannings e coisas afins, chegou o grande momento de experimentar tudo o que tinha aprendido.
Sai de casa a correr com a minha máquina fantástica atrás, louca para conseguir tirar uma fotografia sem ser no automático.
Tirei a máquina para fora, pus no manual, tanto o foco como as aberturas e as velocidades e fiquei uns bons minutos a olhar para ela sem saber o que lhe havia de fazer a seguir.

Finalmente a minha cabeça começou a corresponder e a colaborar.

Muita luz, distância focal quase no maximo da objectiva (cerca de 135 mm) para apanhar o pormenor que eu tinha esgalhado, deveria corresponder a uma abertura f/5.6, a uma velocidade media de cerca de 1/500, ISO 100, levei duas horas para focar manualmente o meu objecto e a enquadrar a minha composição, por o desvio de exposição a zeros e vá de experimentar.
Olhei a minha obra com orgulho… Direitinho farinha amparo, na muche.
Sorte de principiante, pensei eu. Animada experimentei mais uns tantos conhecimentos e, apesar de não saírem as fotografias, ficou espelhado exactamente aquilo que eu queria.
De sorriso na cara arranquei para mais um dia de aprendizagem.
Feliz.
"Se queres compreender a palavra 'felicidade', indispensável se torna entendê-la como recompensa e não como fim." (Antoine de Saint-Exupéry)

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