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Project 365 |
Pensei que me fartei, para perceber o que é que me tinha marcado hoje, durante o dia.
Na verdade não houve nada que me marcasse.
O dia passou sem grandes conversas sem grandes acontecimentos. Não houve um ataque de riso, não houve um ataque de choro, não andei à estalada, não gritei, não amei. Não houve momento da manhã, não houve momento de fim de tarde. Foi simplesmente mais um dia daqueles que vou querer poucos daqui para a frente.
Então resolvi… E eis o momento do dia… Começar o meu “Projecto 365”, apesar de ainda não saber muito bem em que moldes.
Soube da sua existência no dia 10 de Outubro e tenho vindo a amadurecer a ideia e a pensar nos porquês de me meter numa coisa destas. Não é muito o meu género, mas achei piada.
Só tem um mas…
O projecto não vai ter 365 dias mas sim 365 dias + 5, porque na realidade o projecto começou sem eu me ter apercebido no dia 10.10.10, quando olhei à minha volta com olhos de ver e vi um mundo diferente, nem melhor, nem pior, apenas diferente na forma como o vejo.
Agora fui mais longe. Do nada e do tudo o que eu vivi hoje surgiu o motivo - vou retratar o meu momento do dia, aquele que nos dá uma razão para nos sentirmos vivas e que nos dá animo para continuar em frente. E se o dia estiver cinzento ou difícil, triste ou oco, se houver momentos mais pesados e mais frios, toca a fazer um esforço para mudar o rumo da nossa história. Se não conseguir, até porque também faz parte, então terei nesse momento de tristeza e dor, de frio e de pesado, de oco e de cinzento, o meu momento do dia
“As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir…”
(Chuva - Mariza)
A partir de hoje vou ter sarna para me coçar. Vou tentar fazer dos meus dias, dias diferentes, melhores, mais divertidos, cheios de vida e de cor, a transbordar de alegria e de amor.
Acabaram-se os dias “nim”.
E pronto, esta decisão marcou definitivamente o meu dia…
"...Aceite com sabedoria o fato de que o caminho está cheio de contradições. Há momentos de alegria e desespero, confiança e falta de fé, mas vale a pena seguir adiante...".
(Paulo Coelho)