Da despedida. Não me sai, na ordem do dia, outra coisa da cabeça que não esta.
Hoje foi dia de um olhar diferente sobre o ano que passou e sobre as pessoas que dele fizeram parte. Foi dia de fazer balanços e de fechar mais um ciclo. É nestes dias que dou valor a quem esteve ao meu lado e a tudo o que me aconteceu, é nestes dias que reconheço com mais determinação tudo o que fiz de bom e de mau, tudo o que construí e destruí, tudo o que fez do meu ano um ano diferente. É nestes dias de balanço que começo a delinear a abertura de um novo ciclo. Saem listas, saem desejos, saem vontades, quereres e determinações. Saem culpas, saem arrependimentos, saem remorsos, dores e considerações. Começa a surgir um mundo cheio sonhos novinhos em folha. O tempo que se tem, começa a surtir efeitos e a abrir horizontes. A leitura, as conversas, as pessoas diferentes, a mudança de rotina, de alimentação a atenção que prestamos a tudo o que de novo nos rodeia, a sensibilidade, o descanso, tudo contribui para que dentro de nós acorde uma vida nova.
Para mim existem dois fechos de ciclo num ano, o antes das ferias e a passagem de ano. São as duas oportunidades que tenho de fazer do meu ano um ano melhor que o anterior.
Hoje o dia foi fértil, mais produtivo que qualquer outro fecho de ciclo. Hoje consegui reunir nas minhas 24 horas disponíveis, tudo o que de bom eu tive e ainda tive um bónus, um sentimento de plenitude, satisfação e alegria. Bom, muito bom, tão bom que quero mais. Será que é possível?
Em suma, há sempre um fechar de ciclo seguido de uma pausa para que um outro se abra da melhor forma.
“Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia.”
(William Shakespeare)